segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

CLASSES E PRINCÍPIOS DO INCÊNDIO

Classes e Princípios de Incêndio
Para Extinguir o fogo, você deve eliminar pelo menos um dos elementos que formam o tetraedro do fogo: calor, combustível, comburente e reação em cadeia.

Elementos de combustão: combustão é a reação química de oxidação, auto-sustentação, que produz calor, fogo, fumaça e gases. Para que haja combustão, são necessários quatro elementos:

Calor - Energia que eleva a temperatura de um material, gerada por um processo físico ou químico.

Combustível - Material que queima alimentando a combustão, propagando o fogo.

Comburente - Elemento que permite a combustão. Normalmente é o oxigênio.
Reação em Cadeia - Ocorre quando o fogo se auto-alimenta, mantendo p processo de combustão.

Fases do fogo: Formado a partir da combinação dos quatro elementos da combustão, o fogo tem três estágios. Os extintores de incêndio atuam no combate ao fogo no seu estágio inicial, quando o fogo é localizado. Na fase seguinte, o fogo se alastra, o calor aumenta e pode haver combustão simultânea de todos os elementos. Com a diminuição do oxigênio no ambiente o fogo diminui, reduzindo-se a brasas. Uma nova entrada de ar pode provocar uma explosão.

Agentes extintores:

Pó Químico - Quebra a reação em cadeia, interrompendo o processo de combustão. Há várias composições de pós, divididas em tipo BC (líquidos inflamáveis e energia elétrica); ABC (múltiplo uso, polivalente, para fogo em sólidos, líquidos inflamáveis e eletricidade); e D(metais combustíveis).

Compostos Halogenados - Compostos químicos que provocam a quebra da reação em cadeia. Também agem por abafamento. Não danificam equipamentos eletrônicos sensíveis. São aplicáveis para as classes de fogo A,B e C.

Gás Carbônico (CO2) - Age por abafamento, e por resfriamento em ação secundária. É um gás sem cheiro, sem cor e não conduz eletricidade, sendo recomendado na extinção de fogo classes B e C. É asfixiante e por isso deve-se evitar o seu uso em ambientes pequenos.

Espuma Mecânica - Age primeiro por abafamento e de forma secundária por resfriamento. Quando a espuma é do tipo AFFF, o líquido drenado forma um filme aquoso na superfície do combustível, dificultando a reignição. É ideal para extinguir fogo classe B. Também é eficiente na extinção de fogo classe A.

Água - Age inicialmente por resfriamento. Sua ação por abafamento ocorre devido à sua capacidade de transformação em vapor, na razão de 1 litro de água para 1.500 litros de vapor. Específico para classe A.  

TIPOS DE EXTINTORES

Objetivo
O principal objetivo deste Blog, é apresentar de uma forma simplificada, a construção e os principais tipos de extintores de incêndio presentes no mercado especializado, além de é claro, informar ao público leigo, qual a principal utilização de cada um destes extintores.

Origem

Os primeiros extintores de incêndio surgiram por volta do século XVI, e revolucionaram a época por se mostrarem um aparelho compacto de e muita eficácia contra o fogo, muito embora os extintores de hoje sejem extremamente mais avançados do que os da época.

Classificações de um incêndio

Para melhor compreensão da origem ou propagação de um incêndio, o mesmo pode ser basicamente classificado em quatro classes :
  • Classe A - são materiais de fácil combustão com a propriedade de queimarem em sua superfície e profundidade, e que deixam resíduos, como: tecidos, madeira, papel, fibras, etc.;
  • Classe B - são considerados os inflamáveis os produtos que queimem somente em sua superfície, não deixando resíduos, como óleo, graxas, vernizes, tintas, gasolina, etc.;
  • Classe C - quando ocorrem em equipamentos elétricos energizados como motores, transformadores, quadros de distribuição, fios, etc.
  • Classe D - elementos pirofóricos como magnésio, zircônio, titânio
Aplicação dos extintores

Para incendios de classe A deverão ser selecionados extintores à base de água ou espuma.VEJA OS PRINCIPAIS:
  • EXTINTOR DE ÁGUA PRESSURIZADA
Pressão Permanente


Não é provido de cilindro de gás propelente, visto que a água permanece sob pressão dentro do aparelho. Para funcionar, necessita apenas da abertura do registro de passagem do líquido extintor.
Para utilizá-lo basta Retirar o pino de segurança.Empunhar a mangueira e apertar o gatilho, dirigindo o jato para a base do fogo. Só usar em madeira, papel, fibras, plásticos e similares.

  • EXTINTOR DE ÁGUA
Pressão Injetada
A água é o agente extintor de uso mais comum. Usa-se o jato para o resfriamento e proteção de instalações a distância e para o enxarcamento de sólidos. Usa-se a água sob a forma de neblina para o resfriamento de superfícies líquidas; emulsificaçõeo de óleo; proteção de pessoas, estruturas, máquinas e equipamentos; diluindo (alcoois, amônia); e absorção do calor desprendido na combusão.
A água, contudo, não deve ser empregada em incêndios que envolvam: equipamentos elétricos energizados; materiais reativos com a água (carbonatos, peróxidos, sódio metálico, pó de magnésio, etc); e gases liquefeitos por resfriamento.Para usar o extintor:
a) retire a trava ou o pino de segurança;
b) empunhe firmemente a mangueira;
c) ataque o fogo, dirigindo o jato para a sua base.


  • EXTINTOR APLICÁVEL PARA UM INCÊNDIO CLASSE B
Para um incêndio classe “B”, usa-se espuma , pó comum, também chamado Pó BC, ou dióxido de carbono, também chamado gás carbônico ou CO², sendo o principal desses o pó comum.

Modo de usar: Aproxime-se com segurança do líquido em chamas, inverta a posição do extintor (de cabeça para baixo) e dirija o jato para um anteparo, de modo que a expuma gerada cubra o líquido como uma manta.
  • EXTINTOR DE PÓ QUÍMICO SECO

O agente extintor pode ser o Bicarbonato de Sódio ou de Potássio que recebem um tratamento para torná-los em absorvente de umidade.O agente propulsor pode ser o Gás carbônico ou Nitrogênio. O agente extintor forma uma nuvem de pó sobre a chama que visa a exclusão do Oxigênio; posteriormente são acrescidos à nuvem, Gás carbônico e o Vapor de água devido a queima do Pó.
  • EXTINTOR APICÁVEL PARA UM INCÊNDIO CLASSE C
Para classe “C” empregam-se os mesmos extintores de pó e o gás carbônico, exemplificados na classe ''B''.

  • EXTINTOR DE GÁS CARBÔNICO (CO2)‏
O Gás carbônico é material não condutor de Energia elétrica. O mesmo atua sobre o fogo, onde este elemento (eletricidade) esta presente. Ao ser acionado o extintor , o gás é liberado formando uma nuvem que abafa e resfria. É empregado para extinguir pequenos focos de fogo em líquidos inflamáveis (classe B) e em pequenos equipamentos energizados (classe C). Para Utilizar o extintor de Gás carbônico(Co2) basta:


  • _Remover o pino de segurança quebrando o lacre;
    _ Segurar o difusor com a mão direita e comprimir o gatilho da válvula com a mão esquerda;
    _ Acionar a válvula dirigindo o jato para a base do fogo;
    _ Pode ser usado em qualquer tipo de incêndio.

  • EXTINTORES DE PÓ MULTI-USO OU PÓ-ABC



Note que a etiqueta apresenta adequabilidade para as três classes de incêndio.



Determinando a Capacidade

O Corpo de Bombeiros utiliza a “capacidade de extinção” para determinar essa capacidade. Veja os exemplos á seguir :
Extintor de Água
Se escolhermos um extintor de água, que atende aos incêndios classe “A”, ele deve ter como capacidade de extinção 2 A¹.
Isto significa que o extintor deve ser capaz de extinguir, conforme testado e laboratório, um incêndio em 78 ripas com 600 mm de comprimento e espessura de 45 X 45 mm, montadas em 13 camadas. O extintor de água com capacidade de extinção 2A pode ser visto na próxima figura . Sendo que, o extintor escolhido deve trazer um selo esclarecendo essa capacidade.

Extintor de Pó

Escolhendo um extintor de Pó, próprio para as classes “B” e “C”, ele deve ter a capacidade mínima e extinção 20 B².
Isto significa que o extintor deve ser capaz de extinguir um incêndio conforme testado em laboratório, mantendo um tempo mínimo de descarga de 8 segundos, em um recipiente com 4,65 m² que contenha 245 litros de líquido inflamável. Para receber a letra C o extintor tem que ser submetido a teste normalizado de não condutibilidade de energia elétrica.
Assim como no caso anterior, ele deve possuir em sua etiqueta uma discriminação de sua capacidade de extinção.
Extintor de CO²



Se for selecionado o extintor de CO² (gás carbônico ou dióxido de carbono), ele deve ter capacidade 10 BC.Onde houver a possibilidade de ocorrer incêndios com a presença de energia elétrica deve ser escolhido extintor que possua a capacidade de “não transmitir a corrente”, isto é, apto para a classe “C”. O extintor de CO².

Cuidados com seu extintor de incêndio
  • Devem ser colocados em locais bem visíveis, longe do acesso de crianças e de fontes de calor e devem ter o acesso desobstruído;
    Devem estar carregados e prontos a funcionar.
  • Os restantes só podem ser usados uma vez.
Cada extintor, de cor vermelha, deve possuir uma etiqueta que:

  • indique o mês e o ano de manutenção;
  • identifique a pessoa ou entidade responsável pela manutenção;
  • que assegure que a recarga foi efectuada.
Utilizar correctamente um Extintor de Incêndio pode salvar vidas, extinguir o fogo nascente ou controlá-lo até à chegada dos bombeiros. Use-o com segurança e inteligência.

terça-feira, 25 de dezembro de 2012

As ”5 Regras de Ouro”, são:

Você sabia que existem “5 Regras de Ouro” que são adotadas nos serviços com eletricidade ?



Sabemos que a maioria dos acidentes no Setor Elétrico são por descumprimento das ”5 Regras de Ouro”. Esses cinco procedimentos devem ser utilizados na execução das atividades com eletricidade, com objetivo garantir a segurança dos trabalhadores e diminuir o risco elétrico.

Apesar de que não há uma regulamentação específica, quase todas as empresas de que atuam com eletricidade e que realizam trabalhos no Sistema Elétrico de Potência (SEP) incorporam as ditas regras em seus manuais de operações.


Sinalização da área de trabalho - Significa que as áreas onde se realizam os trabalhos devem ser sinalizadas (cercadas) por meios de fitas de plásticos ou cordas, cones ou dispositivos análogos

Corte visível e efetivo - O circuito elétrico deve estar aberto de forma visível e efetivo. A simples observação do dispositivo não é garantia suficiente da abertura do mesmo.

Travamento e bloqueio – Devem impedir a manobra de conexão, bem por meios mecânicos (um simples cadeado) ou bem por meios elétricos (dispositivos telecomandados).

Verificação de ausência de tensão - É o processo de verificação ausência de tensão na instalação que realizar-se com o equipamento adequado, antes de começar os trabalhos.

Aterramento e curto-circuito - Os elementos condutores da instalação são ligados a terra e se curto-circuitam entre eles, a fim de evacuar a corrente elétrica em caso de falha de isolamento, indução ou fenômenos atmosféricos.

domingo, 9 de dezembro de 2012

Primeiros socorros em indústrias


O que são os primeiros socorros e qual a sua importância nas indústrias?
Primeiros socorros é o cuidado imediato a alguém ferido ou doente, com a finalidade de: preservar a vida, promover a recuperação ou prevenir que o caso piore, portanto trata-se de uma atenção rápida, imediata a uma pessoa que está em perigo de vida, realizando tais cuidados para manter as suas funções vitais e reduzindo seus agravos até que a vitima receba atendimento de emergência adequado. Este pré-atendimento tem fundamental importância, seja nas indústrias ou não, pois evita complicações futuras e pode até salvar vidas. Contudo, deve ser realizado pelo socorrista (profissional que vai fazer o atendimento) que deve ter treinamento e realizar o atendimento em condições seguras para a prestação de socorro. É importante, após realizar o primeiro atendimento, solicitar ou encaminhar a vítima para avaliação médica.

Quando os procedimentos de emergência devem ser realizados e como utilizá-los?
Estes procedimentos devem ser realizados por pessoas treinadas em socorrer as vítimas. Geralmente, as indústrias possuem profissionais capacitados para dar treinamento a todos os funcionários na prestação do atendimento básico. Este treinamento deve ser ministrado por um profissional habilitado e que tenha noções de primeiros socorros. Deve ser utilizado por um profissional, que tenha feito um curso para esta capacitação e, principalmente, que entenda sobre as iniciais dos primeiros socorros ABC. Sendo A - verificar a passagem de ar da vitima, B - observar a respiração e C - verificar a circulação. Estes são os principais passos, por exemplo, para o atendimento em uma reanimação cardiorrespiratória (uma parada cardíaca, que exige profissional habilitado).

Quais são os princípios básicos do atendimento de emergência?
Baseia-se nos três “R”:
• Rapidez no atendimento;
• Reconhecimento das lesões;
• Reparação das lesões.

O que deve ser recomendado aos socorristas?
Procurar sempre conhecer a história do acidente, pedir ou solicitar que seja pedido um resgate especializado enquanto os procedimentos básicos são realizados, sinalizar e isolar o local do acidente e utilizar durante o atendimento, de preferencialmente, luvas e calçados impermeáveis.

Quais os procedimentos adequados de emergência a serem tomados no local do acidente?
Os procedimentos adequados são:

• Verificar no local do acidente se não há riscos para o socorrista, como fios elétricos soltos, fumaças, líquidos inflamáveis e objetos cortantes que possam ferir quem vai fazer o atendimento.
• Chamar um serviço médico de emergência (geralmente todas as indústrias fornecem este serviço com profissionais da saúde);
• Acalmar-se e ganhar a confiança da vitima, avaliar seu estado de consciência e suas lesões e com a ausência destas funções realizar o ABC, sendo que a massagem cárdiaca requer treinamento com um profissional responsável, caso contrário,chamar a emergência o mais rápido possível.


Quais os principais acidentes que podem ocorrer nas indústrias? E como realizar os primeiros socorros nestes casos?
Os principais acidentes que ocorrem são: ferimentos em geral, entorse, fratura, hemorragias, choque elétrico, insolação, intoxicação, queimaduras.

Como realizar os primeiros socorros?

Os primeiros socorros variam de acordo com a lesão, por exemplo:
• Ferimentos em geral:
Deve-se lavar com água e sabão se for um ferimento pequeno. Se a extensão do ferimento for maior, deve-se estancar o sangramento e levar a vítima ao serviço de emergência.
• Entorse:
A entorse é causada por uma "virada" numa articulação (junta). Uma vitima com entorse sente dor intensa na articulação afetada e surge inchaço no local. Deve-se imobilizar a articulação e colocar compressas frias no local.
• Fratura:
A fratura é uma lesão que quebra o osso. Ela pode ser interna (não há rompimento da pele) e a fratura exposta (o osso perfura a pele e é exposto). Na fratura interna a vitima tem dor intensa, deformação do local afetado, limitação de movimentos e inchaço. Nesse caso, deve se imobilizar o local afetado com tala e acolchoá-las com pano macio, deixar na posição normal se possível (não tente colocar o osso no lugar) e não amarrá-las no local da fratura deixando os dedos de fora para observar a circulação e ver se esta muito apertada.
Na fratura exposta deve-se proteger o ferimento com gaze ou pano limpo antes de imobilizar, para não entrar poeira ou outras substancias que podem favorecer infecções e imobilizar (não tentar colocar o osso no lugar) e procurar socorro medico.
• Hemorragias:
Pode ser hemorragia externa (ferimento com saída de sangue para o exterior) ou interna (ferimento profundo nos órgãos internos), com sintomas de suor intenso, pele fria, sede, tonteira. Nas hemorragias externas em geral deve-se estancar os ferimentos com pano limpo. Com ferimentos internos deve-se encaminhar a vítima o mais rápido possível ao atendimento de emergência médica.
• Choque elétrico:
Não tocar na vitima sem antes desligar a corrente elétrica, se não for possível, garantir que os pés do socorrista não estejam molhados, para então afastar a vitima do choque elétrico. Usar um material que não conduza corrente elétrica, como borracha ou madeira seca, não aproximar enquanto a corrente elétrica do local não for desligada. Em seguida, deitar a vitima e verificar se está respirando, observando se a língua está obstruindo a passagem de ar e chamar o serviço medico.
• Insolação:
Procurar colocar a vitima à sombra, fazer compressas frias sobre a cabeça e envolver seu corpo com pano molhado para baixar a temperatura, deitar a pessoa de costas apoiando a cabeça e os ombros mais alto que o resto do corpo, após o socorro procurar serviço medico.
Intoxicação: Pode ser a intoxicação por fumaças, gases, agentes químicos e outros. Qualquer intoxicação com produtos químicos e outros devem ser encaminhados rapidamente ao serviço de emergência medica. O socorrista deve ser orientado sobre os produtos que trabalham e utilizam, pois ao retirar qualquer produto do corpo com água, algumas substancias pioram a corrosão. Para evitar prejudicar ainda mais a lesão da vitima, primeiramente retirar a vitima do local e encaminhar ao serviço medico.
• Queimadura:
Existem queimaduras de 1°, 2° e 3° grau. A de 1° grau é a mais comum, geralmente deixa a pele avermelhada e ressecada, pode se oferecer água a vitima, colocar compressas frias no local ou ficar um tempo no chuveiro frio. A de 2° grau atinge um pouco as camadas profundas da pele formando bolhas, nesses casos ofereça muito líquido a vitima, aplique compressas frias e encaminhe à emergência.
A de 3° é o caso mais grave, pois acomete todas as camadas da pele e podem alcançar os músculos e ossos. Deve-se então, manter a vitima deitada, lavar bem as mãos antes de tratar as queimaduras, em seguida cortar as roupas que estão próximas à região da queimadura, mas não retirar a roupa que está em cima da queimadura, para evitar agravamento, não fure as bolhas, não aplicar nenhuma substancia sobre a queimadura, se a vitima estiver consciente ofereça muita água para beber (pois há perda de muito liquido) e então chamar a emergência.

Como prevenir tais acidentes de trabalho?
A maioria dos acidentes que ocorrem no local de trabalho pode ser evitada com o uso correto dos EPCs (Equipamentos de Proteção Coletiva) e EPIs (Equipamento de Proteção Individual). Alguns exemplos de EPCs são o cone de sinalização, fita de sinalização e extintor de incêndio. Devem-se utilizar os EPIs necessários para cada ambiente de trabalho, evitando exposições direta com o perigo. Para os EPIs é necessário também fazer treinamento com a equipe de profissionais especialistas da empresa (como utilizar o EPI adequadamente, noções de primeiros socorros e outras palestras). Outra medida básica da prevenção é estar atento ao trabalho realizado, sem se distrair facilmente.

Quais as principais Normas Regulamentadoras (NRs) que auxiliam a reduzir os riscos encontrados no ambiente de trabalho?
A NR-7 - PCMSO (Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional) tem objetivo de rastrear e diagnosticar precocemente os agravos á saúde dos trabalhadores, identificando os riscos á saúde, além de constatar a existência de doenças profissionais ou danos irreversíveis á saúde dos trabalhadores.
A NR-9 - PPRA (Programa de Prevenção de Riscos Ambientais) preserva a saúde, a integridade do trabalhador, antecipa e reconhece os riscos no ambiente de trabalho.
NR-6 - EPIs (Equipamento de Proteção Individual): equipamentos destinados à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho.

Fonte de consulta: Sesi/sst

sábado, 8 de dezembro de 2012

Implantação de um plano de emergência–Parte II


Equipe de emergência, denominação e missões
 
A denominação e os objetivos das equipes definidas no Manual de Plano de Ação de Emergência torna-se válido para maioria dos casos, isto não quer dizer que para obter um rendimento ótimo na estrutura desse plano não há necessidade ou conveniente em alguns casos efetuar mudanças nos objetivos.
Aparentemente as siglas ( EPI, ESI, EPA, EAE, LI, LE) leva a pensar no aumento da burocracia.
O espírito de qualquer estrutura de equipe de emergência não deve ser burocrata, mas decidir, trata-se de realizar "tem que realizar" de maneira mais simples possível.
Entretanto, o fato de adotar uma determinada nomenclatura para as equipes, imaginamos mais uma complicação para implantação do plano, o que será aconselhável simplificar ao máximo.
Entendemos que a dificuldade para elaboração e como na implantação de um plano de emergência é "fazê-lo fácil e assimilável" para o pessoal que tem que levá-lo ao fim.
Continuando os detalhes das denominações e objetivos das equipes de emergência, tomando como base às denominações acima mencionadas.

EQUIPE DE PRIMEIRA INTERVENÇÃO - EPI
Como a primeira missão dos componentes desta equipe, destaca¬ríamos observar as medidas de prevenção de incêndio e sua manutenção. Outra função dessa equipe seria a confirmação de emergência na sua área de atuação, sinalizando através de uma central de detecção de incêndio.
Por último a utilização dos meios de primeira intervenção em caso de emergência (avaliação prévia das possibilidades de extinção) que na maioria dos casos será os extintores portáteis e inclusive o sistema de hidrante com mangueiras de 1 1/2".
 
EQUIPE DE SEGUNDA INTERVENÇÃO - ESI
A equipe de segunda intervenção utilizará os meios de extinção mais potentes instalados nos edifícios (mangueiras de 2 1/2", canhão d'água, etc). Seu nível de treinamento e especialização dependerá fundamental¬mente das condições de risco, confiando em muitos casos, como se comentou anteriormente ao Corpo de Bombeiros.
Tradicionalmente a brigada de incêndio é composta pelo próprio pessoal do departamento de manutenção, pelo conhecimento da empresa (instalações de proteção contra incêndio e instalações em geral).
 
EQUIPE DE ALARME E EVACUAÇÃO - (EAE)
Sua missão será dirigir ou encaminhar os ocupantes do edifício a um lugar suficientemente seguro em caso de alarme de evacuação.
Em alguns casos, como ocorre em edifício com ocupantes habituais (escritórios) onde se executa treinamento de evacuação mediante simulação, a formação de uma equipe de evacuação não é crítica, exceto para realizar a confirmação de evacuação de sua área (elemento responsável pela evacuação da área).
Porém essa equipe adquire importância extrema em locais suscetíveis de aparição de situação de pânico (centros comerciais, edifícios públicos, shopping center).Nesses tipos de locais é muito importante trabalhar na evacuação, inclusive antes de receber a ordem ou alarme (preparação da evacuação).
Em algumas ocasiões inclui na equipe de Alarme e Evacuação a figura do salva documento, cuja missão é resgatar as informações ou documentos de suma importância da empresa (softwares, documentos, etc).
O número de componentes dessa equipe dependerá das características do local (amplitude, compartimentação, etc) e a diversidade das tarefas a realizar.

EQUIPE DE PRIMEIRO AUXÍLIO - EPA
Sua missão será prestar os primeiros socorros aos possíveis afetados pela emergência (feridos, desmaio, etc).Quando existe uma equipe médica no edifício na empresa o EPA será formado por esse pessoal (médicos, enfermeiros) e diante da necessidade da existência do EPA, poderia ser formado ou complementado pelos componentes do EPI ou EAE.

LÍDER DE INTERVENÇÃO (LI) E LÍDER DE EMERGÊNCIA (LE)
A missão do líder de intervenção será comandar, coordenar a emergência, a atuação das equipes de emergência. A sua formação será de acordo com o serviço a desempenhar, tanto a nível teórico como prático, no controle de acidentes que possam ocorrer.
O líder de emergência é responsável operacionalmente pela execução da atuação das equipes de emergência, para o qual é imprescindível contar com o apoio da direção da empresa, pois em alguns casos terá a necessidade de executar medidas drásticas quanto à responsabilidade (parada de produção, corte de emergência, início de evacuação, etc).
 
O seu lugar de atuação (comando) será no centro de controle de alarme (lugar onde se centraliza as comunicações e sistema de alarme). O líder de intervenção será responsável pela estratégia de emergência (fonte de informações) enquanto o líder de emergência executará as decisões.
Ambos devem ser facilmente localizados na empresa (igual ESI) e designar substitutos em caso de ausência.O líder de emergência investigará após sinistro, tanto as causas como as circunstâncias da ocorrência e as medidas corretivas adequadas.
A formação pessoal que desempenhará essas funções será do tipo técnico, com sólidos conhecimentos em prevenção, extinção de incêndio e plano de emergência.

OCUPANTES DO CENTRO DE CONTROLE
O centro de controle é peça fundamental do desenvolvimento de qualquer plano de emergência (centro de detecção e de coordenação de informações).
Os elementos do centro devem estar aptos para utilização dos meios de comunicação (rádios portáteis, centro de controle de rádio para as equipes de emergência e detecção).
Nos primeiros momentos atuam como ativadores do plano de emergência, portanto, sua instrução deve ser muita clara para suposta emergência (local de origem da emergência, circunstância gravidade da emergência).

CONDICIONANTES ESPECIAIS DAS EQUIPES
Em algumas atividades serão necessários praticamente, o treinamento total dos empregados, para que tenham formação especial e homogênea. Como exemplo; os estabelecimentos hoteleiros, hospitais, shopping center, grandes magazines, locais de concentração pública, teatro, cinema, edifícios públicos. Nesses lugares, praticamente a totalidade dos funcionários deve participar em caso, de emergência, tanto nos trabalhos de intervenção (com quaisquer meios disponíveis) como de evacuação especialmente problemática em hospitais.
 
CONDICIONANTES ECONÔMICOS
É desaconselhável que exista remuneração pela participação em trabalhos de emergência, salvo em casos especiais, onde a empresa possui brigada de incêndio profissional. Qualquer outro tipo de solução em princípio é válido, mas é necessário em muitos casos certa dose de imaginação.
Em princípio qualquer pessoal que exigir reivindicação (remuneração) ou exigir qualquer tipo de remuneração deve desligar da equipe de emergência. A iniciativa de ter certos benefícios, nunca do tipo econômico com o pessoal, deve partir em princípio da diretoria da empresa.
 
FORMAÇÃO E TREINAMENTO DO PESSOAL
Independente da formação específica das equipes de emergência é conveniente e importante a divulgação através de uma campanha de sensibilização de prevenção de incêndio, que poderia consistir em uma série de conferências de curta duração, tratando-se dos seguintes temas:
■Normas básicas de prevenção de incêndio
■Meios de detecção, alarme e evacuação existente no edifício
■Mínimo conhecimento do plano de emergência e sua finalidade
■Instruções para os ocupantes em geral do edifício
■Projeção de um sinistro e considerações

Tal campanha propõe :
■Divulgação do plano
■Elevação imediata do nível de prevenção de incêndio
■Obter pessoal voluntário para as equipes de emergência
 
Para que a resposta dessa campanha seja satisfatória , a diretoria poderá contribuir ou ajudar na convocação das primeiras conferências. Uma vez realizada esta campanha será necessário selecionar os componentes das equipes segundo seus perfis mais adequados e dotar de formação e treinamento correspondente.
A característica fundamental dos programas de formação deve tentar induzir as ações previstas no plano a desenvolver com os meios (equipamentos) implantados no edifício e os condicionantes do risco, com o qual economizaremos tempo e dinheiro e conseguiremos mais facilmente tais objetivos.
O normal é que em anos sucessivos vai formando-se maior número de pessoas no nível de primeira intervenção (EPI) e vão progredindo em conhecimentos para atingir nos níveis da segunda intervenção (ESI).

É muito importante a realização do treinamento prático, por um lado, para induzir atuação automática (reflexo condicionado) no momento da emergência e por outro lado para avaliar as possibilidades de controle da emergência sem cair em atitudes temerárias devido à ignorância.

INSTRUÇÃO DE ATUAÇÃO
Elaborarão fichas que refletem as instruções de atuação em caso de emergência para as equipes.
Assim mesmo, estabelecerá recomendações para prevenção e atuação em caso de incêndio e evacuação para os ocupantes e visitantes do edifício (estas últimas situadas em lugares visíveis, tarjetas de acesso ao estabelecimento, etc).

As três características fundamentais de tais instruções são as seguintes:
■o mais simples possível
■número de instruções reduzidas
■divulgação contínua
Evidentemente quanto maior é o grau de formação, a ambigüidade das instruções será maior, pois presumiremos maior capacidade para tomada de decisões.
 
SIMULAÇÃO
As simulações representam em muitos casos, vaga expressão, a parte mais folclórica do plano de emergência em geral. Em muitos casos não se consegue total rendimento e ensinamento possível. Isto apenas ocorre quando não se tem a finalidade da simulação.

OBJETIVOS DA SIMULAÇÃO
Os objetivos principais da simulação são para colocar em ordem de prioridade, os seguintes:
a)detectar erros ou omissões nas atuações de emergência
b)evacuar com rapidez
c)prova dos meios de extinção e equipamentos
■comunicação
■alarme
■sinalização
■alguns casos de extinção
d)estimativa de tempo
■evacuação
■intervenção de bombeiros
■intervenção das equipes de emergência

Em nenhum caso se deve pensar tentar reproduzir fielmente as condições de emergência real, pois a simples utilização de fumos inócuos podem resultar acidentes pela diminuição das condições de visibilidade.

CONSIDERAÇÕES PARA PREPARAÇÃO DA SIMULAÇÃO
A simulação deve contar com a colaboração do Corpo de Bombeiros que tem de intervir em edifício em caso de emergência. Deve formular e solicitar autorização das autoridades, pois pode acarretar problemas de ordem pública (aglomeração) ou problemas de tráfego (congestionamento).

Foto:As simulações devem ser executadas em conjunto com o Corpo de Bombeiros

A preparação deve ser exaustiva, deixando de lado à improvisação. Deve levar em conta as condições de interrupção da atividade, por um curto período de tempo.
Deverá possuir pessoal suficiente para cronometrar e como para evitar qualquer intromissão (pessoas estranhas ao treinamento). A informação ao pessoal para a primeira simulação deve ser total, inclusive indicando o dia e a hora (comunicação interna).
Em função dos resultados da primeira simulação poderá diminuir gradativamente o grau de informação. É de vital importância a participação da diretoria na evacuação do estabelecimento. É conveniente realizar a primeira simulação no final da semana de trabalho (sexta-feira).
 
E por último estar preparado na possibilidade de ocorrência de emergência real durante a simulação, dispondo dos meios de extinção necessários para seu controle.

Fonte: "Implantación del Plan de Autoprotección", Revista Mapfre Seguridad, Segundo Trimestre 1991.
 

Implantação de um plano de emergência - Parte I

 RESUMO:
A implantação de um plano de emergência é o calcanhar de Aquiles, pois é necessária a participação de todos os departamentos da empresa, para atuarem de maneira coesa.
Por outro lado é muito importante estudar e avaliar os fatores de riscos que influirão, tanto no nível do plano encomendado e a estrutura interna do plano de emergência, como as missões específicas e portanto a formação de pessoal.
Por último será necessário realimentar o plano de ação de emergência com as informações obtidas em simulação de emergência a fim de avaliar o nível de operacionalidade.

INTRODUÇÃO
A implantação não consiste apenas um mero documento contido no plano de ação de emergência.
Uma vez elaborado o plano é preciso operá-lo através de seu responsável. A implantação é o instrumento que mantém vivo o plano e caso fique aprovado, através desse resultado mantém correto a estrutura de emergência.
Temos de levar em conta que a maioria dos planos falham, pois fazem implantação inadequada, pois não chegam abordar os problemas dessa fase (implantação, operacionalidade do plano).
Do ponto de vista econômico, o custo mais importante desse plano, inicia-se com a implantação, razão pelo qual convém estudar e quantificar previamente esses custos para obtenção do financiamento.

IMPLICAÇÃO DA ESTRUTURA DA EMPRESA
Na fase da implantação desenvolve-se uma série de atividades que envolverão vários departamentos da empresa. Essas atividades poderiam classificar em dois grupos:

a)Atividade própria do departamento de segurança no trabalho de emergência. Normalmente envolverá as pessoas desse departamento (em muitos casos com departamento de manutenção), também com o departamento de Gerência de Risco (caso exista). Essas atividades consistirão no dia a dia da segurança (gestão e administração de recursos, operações de manutenção e seu controle quanto aos meios de proteção, controle de instalações potencialmente perigosas, etc).
b)Atividades que envolvem outros departamentos
Geralmente começará com coletas de informações para elaboração do plano e continuará com a sua divulgação.

Essas atividades podem envolver os seguintes departamentos :
■Produção, Pessoal e Recursos Humanos
■Administração, Engenharia e Compras

Também pode envolver o departamento jurídico e a direção da empresa. É de suma importância a participação da direção da empresa para implantação do programa.

ETAPAS DE IMPLANTAÇÃO
Existem duas etapas distintas na implantação:
■Fase 1 – Execução do plano
■Fase 2 - Manutenção do plano

FASE 1
Para abordar esta etapa deverá previamente ter contatado com as áreas envolvidas nos conceitos e atuações de emergências, referente à participação de cada uma delas, no Plano de Emergência, supondo que as decisões são as mais corretas possíveis.
O envolvimento dessas áreas no plano e principalmente a delegação de responsabilidade é de extrema importância nessa etapa (Fase 1), que podemos considerar como um caminho sem retorno, isto é, uma vez tomado o caminho errado é difícil retificar.
Deveremos levar em conta que estamos trabalhando com elemento humano que dificilmente acreditará em algo, caso as instruções sejam contraditórias.
Para aumentar a credibilidade do plano, a direção da empresa deverá ter participação atuante, para transmitir que a empresa está seriamente envolvida na implantação desse plano e assim facilitando o envolvimento das demais áreas da empresa.
É importante para desenvolver essa etapa, fixar uma data adequada, evitando a sua implantação em períodos que representam picos de produção, épocas de conflitos salariais (greves), etc.

FASE 2
Com o desenvolvimento da Fase 1, facilitará a participação do elemento humano nesse plano.
Por outro lado, estabelecerá mecanismos de revisão periódica do plano de ação de emergência e que em muitos casos pode haver influência sobre a suposta emergência (plano parcial de emergência) em função da variação das condições do risco.
Controlará a manutenção das instalações de proteção ou do perigo potencial, tanto do ponto de vista de operação de manutenção a executar e sua freqüência. Estabelecerá procedimento para realização da simulação do plano de emergência.

CONSIDERAÇÃO SOBRE EQUIPES DE EMERGÊNCIA
Na hora de definir tanto a composição da equipe de emergência e como suas funções será necessário levar em consideração os seguintes fatores:

Risco intrínseco das instalações e materiais existentes
■Recursos materiais de proteção (equipamentos disponíveis)
■Condições de setorização e evacuação dos edifícios
■Capacidade de extinção dos serviços externos de proteção (Corpo de Bombeiros, Brigadas de outras empresas) e tempo de intervenção.
■Características de ocupação habitual dos edifícios
■Características da ocupação não habitual dos edifícios (público em geral).
■Valores elevados ou estratégicos quanto ao conteúdo
■Índice de ocupação dos edifícios ou das instalações

Logicamente a formação e treinamento dos componentes das equipes de emergência dependerão de suas funções esperadas e portanto será também influenciada pelos tópicos mencionados.

FATORES INFLUENTES NO GRAU DE AÇÃO DE EMERGÊNCIA

Risco intrínseco das instalações
Normalmente determinaremos maior preocupação ou pré-disposição a dedicar maior ou menor quantidade de recursos econômicos na proteção diante da emergência.
Os níveis de intervenção e portanto os equipamentos de proteção (contra o fogo, intervenção química, veículos, etc) podem ser muito variáveis, chegando desde zero (nenhum equipamento) até o equipamento profissional e específico, diante de diferentes emergências (indústria química e petroquímica).
Em função deste risco será em muitos casos necessários e obrigatórios tanto para a própria indústria (petroquímica) como para a cidade (Corpo de Bombeiros) a troca de informações, a coordenação dos meios para controle de determinados acidentes (defesa civil) e a obediência às linhas diretrizes para elaboração do plano de emergência.

MEIOS MATERIAIS DE PROTEÇÃO
Os meios materiais definirão o estabelecimento de diferentes níveis de intervenção (primeira e segunda intervenção). A capacidade dos meios materiais (equipamentos) será proporcional a dificuldade (grau de incêndio) e principalmente a definição da utilização desses equipamentos para as diferentes equipes que se podem formar.

Condições de setorização e evacuação dos edifícios
As condições de setorização e evacuação dos edifícios, condicionarão, por um lado os possíveis riscos para vida das pessoas quanto à propagação de fumos e gases e por outro, o tempo em que a ocupação possivelmente afetada pela emergência, pode abrigar em lugar suficientemente protegido.
O momento inicial para decidir a evacuação, como a sua organização (preparação da evacuação, prioridade na evacuação para setores alternativos) ocorrerá por determinadas condições (riscos possíveis para a vida humana).

CARACTERÍSTICAS DO AUXÍLIO EXTERNO
Tanto a capacidade e quanto aos meios, como a distância ou tempo de intervenção da ajuda externa será fator que definirá o grau de intervenção que ficará em mãos da estrutura de ação de emergência.
Em muitos casos as operações próprias da segunda intervenção serão efetuadas pelo Corpo de Bombeiros, ficando confiado ao pessoal próprio da em¬presa a primeira intervenção e em caso da necessidade a evacuação.
Nos riscos graves e/ou tempo de intervenção elevado, ficará a intervenção em todos os seus níveis sob a responsabilidade da própria brigada de incêndio, com equipamentos adequados e formada especificamente para o controle desse tipo de acidente na empresa. Nesse caso o Corpo de Bombeiros atuará em colaboração com a própria brigada da empresa.

CARACTERÍSTICAS DA OCUPAÇÃO
O tipo de atividade desenvolvida pelos ocupantes habituais dos edifícios ou instalações, definirá a característica para manejar determinados equipamentos.
É evidente que para manejar uma mangueira de 2 1/2" em princípio é mais apto o pessoal que executa algum tipo de trabalho manual, todavia esta aptidão não é necessário para manejar a mangueira de 1 1/2". Isto pode ser um dos condicionantes que em muitos casos nos leva a indicar este equipamento (mangueira de 1 1/2") para a equipe de primeira intervenção (EPI). Mais adiante analisaremos as missões específicas das diferentes equipes.

CARACTERÍSTICAS DA OCUPAÇÃO NÃO HABITUAL (PÚBLICO EM GERAL OU VISITANTES) DOS EDIFÍCIOS
Os parâmetros básicos para catalogar esta ocupação e deduzir as atuações mais convenientes seriam:

a) A relação numérica (coeficiente) entre ocupantes habituais (funcionários) e não habituais (público em geral ou visitantes).
Essa relação pode ser elevada, desde que o edifício recebe visitantes de forma pontual (escritórios, repartições públicas) até locais cobertos ao público (museus, teatros, shopping center) onde essa relação é relativamente pequena.
b) Características físicas e psíquicas dos ocupantes não habituais. Neste sentido nós poderemos encontrar variedades de situações diferentes, podendo citar alguns exemplos:
■visitantes que conhecem o edifício
■visitantes que não conhecem o edifício
■pessoas idosas
■pacientes com problemas físicos
■pacientes com problemas psicológicos
■expectadores
■grupos familiares
■estrangeiros
■pessoas que carregam volumes (mercadoria)
■transeuntes
■clientes- compradores
■manifestantes
■militares
■pessoas pernoitando

Essas características do tipo de ocupação ou atividade influirão tanto na atuação de intervenção como na evacuação, que dividiremos em :
a) seja pequena, a atuação de intervenção deverá ser imediata, a fim de controlar a emergência diante do surgimento da situação de pânico.
b) em relação à atuação de evacuação será preciso, geralmente a preparação (alerta ao pessoal especializado) e seu controle, desde o momento inicial.

VALORES ELEVADOS OU ESTRATÉGICOS DO CONTEÚDO
Geralmente estão aparelhados com sistemas mais sofisticados e rápidos, tanto de detecção e como de controle de emergência (sistema de FM 200 ou Inergen , CO2, e detectores).
A atuação humana deverá ser de acordo com a interação com os equipamentos, tanto quanto a operação específica selecionada no plano, como a rapidez na atuação, aproveitando a eficiência no sistema de detecção.

SISTEMA DE APROVEITAMENTO DOS EDIFÍCIOS OU INSTALAÇÕES
O sistema de aproveitamento determinará turnos ou períodos produtivos e condições de parada, períodos de férias, etc. Diferentes horários de trabalho ou ocupação podem estabelecer necessidades de diferentes planos de emergência.

Por outro lado, os edifícios alugados parcialmente podem causar problemas sérios sobre o restante que não são alugados, pois a coordenação de diferentes inquilinos ou empresas será trabalhosa quanto ao plano de ação de emergência.

ALERTA
Constitui mecanismo ou conjunto de mecanismos para "alerta" ou colocar em ação as equipes de emergência. O termo "colocar em ação" supõe desde a solicitação de confirmação da emergência até a informação as equipes de intervenção da necessidade de sua participação.
Em muitas ocasiões será necessário informar também a equipe de evacuação das dependências em função de seu desenvolvimento que poderia chegar nessa fase (de acordo com a gravidade do alerta, a equipe de evacuação será responsável imediata pela retirada do pessoal da área do risco).
Em locais com situação de risco de pânico (shopping center, edifícios públicos, etc) a informação pode ser transmitida em forma de sinal (código) pelo sistema de som (desde que a emissão de mensagem seja habitual). Com esta informação a equipe de evacuação começará a desempenhar as suas funções.

ALARME
De acordo com a gravidade do alerta, o alarme será o sinal para evacuação dos ocupantes dos edifícios ou da área em risco.
Existem diversas maneiras para transmitir o sinal de alarme, desde uma sirene (quando o pessoal conhece o sinal e foi treinado para iniciar a evacuação) até as mensagens de viva voz (sistema de som) ou fita pré-gravada, dando as instruções para evacuação (ocupantes não habituais, públicos em geral) e por experiência nunca se deve mencionar de forma clara o motivo da evacuação (poderá gerar princípio de pânico, de difícil controle para evacuação).

INTERVENÇÃO
A ação ou conjunto de ações necessárias para o controle de emergência. Definida em diferentes níveis e atribuído a diferentes equipes. É necessário ressaltar que em algumas ocasiões não está claramente definida a diferença entre os níveis de primeira intervenção (atuação geralmente com extintores portáteis) e segunda intervenção (atuação com sistema de hidrantes).

APOIO
Dentro do termo genérico de "apoio" incluiria todas as atuações que tendem a facilitar os trabalhos de controle de sinistro, tanto por parte das equipes de emergência interna (da própria empresa) como por parte dos serviços externos de ajuda (como exemplo, PAM, Plano de Auxílio Mútuo entre as empresas).

Como sugestão, temos os seguintes trabalhos de apoio:
■Recepção e informação a bombeiros (Corpo de Bombeiros)
■Interrupção de funcionamento de máquinas e equipamentos ou da área de sinistro e anexo.
■Controle de válvulas do sistema de Sprinklers
■Vigilância do funcionamento das equipes de bombeiros contra incêndio
■Parada do sistema de ar condicionado e/ou das instalações de ventilação
■Vigilância das equipes de elétrica (responsável pelo corte de energia na área de risco).
■Fornecer os materiais necessários para extinção (máscaras, extintores adicionais, mangueiras, viaturas)
■Controle de acesso.

Continua na próxima postagem
Fonte: "Implantación del Plan de Autoprotección", Revista Mapfre Seguridad, 1991

Comentário: Adaptação do pensamento estratégico de Napoleão Bonaparte
Um plano de estratégia deve levar em consideração todas as possibilidades de riscos e deve prescrever as medidas necessárias a uma resposta adequada para essas situações.
Os planos podem ser modificados indefinidamente segundo as circunstâncias, a capacidade de organização, a natureza da chefia e a topografia do local para operações (condições de acesso ao risco).
O fundamento desta máxima é que devemos obter informações, conhecimentos dos problemas existentes em riscos para que possamos estar preparados para enfrentar essa situação ou eliminá-las.O total desconhecimento dos problemas dos riscos existentes ou negligência, provavelmente levará a resultados desastrosos diante desses problemas.

Vídeo:
O vídeo da agência independente americana The U.S. Chemical Safety Board (CSB) mostra a importância da preparação da emergência.


Perigo: Uso de ar comprimido para limpeza pessoal.


Ar comprimido é um insumo ou forma de energia de ampla utilização. Entre inúmeras aplicações, pode-se mencionar: acionamentos e controles industriais, transporte pneumático, ejetores de fluidos, processos como produção de peças de vidro ou plástico, jato de areia, pinturas, ferramentas (marteletes, perfuratrizes, etc), acionamento de freios, operações submarinas, etc.
 
O AR COMPRIMIDO CONTÉM IMPUREZAS
As impurezas do ar normalmente não podem ser percebidas por olhos humanos.
Não obstante, elas são capazes de interferir no funcionamento seguro do sistema de fornecimento de ar comprimido, bem como das ferramentas pneumáticas. Um metro cúbico (1m3 ) de ar contém uma variedade de impurezas como, por exemplo:
■Até 180 milhões de partículas de sujeira, de tamanho entre 0,01 e 100 µ m 3 De 5 a 40 g/m3 de água na forma de umidade atmosférica
■0,01 a 0,03 mg/m3 de óleos minerais e hidrocarbonetos
■Resíduos de metais pesados como: cádmio, mercúrio e ferro

Compressores pegam não somente o ar atmosférico, mas também as suas impurezas, as quais podem estar em alta concentração.
Com uma compressão de 10 bar g (10 bar de pressão medida = 11 bar absoluto), a concentração de partículas de sujeira aumenta 11 vezes.
Um metro cúbico (1m3 ) de ar comprimido pode conter neste caso até 2 bilhões de partículas de sujeira, considerando ainda as impurezas adicionadas ao ar pelo próprio compressor, como óleo lubrificante por exemplo.
Se todas essas impurezas e mesmo a água contidas no ar atmosférico permanecem no ar comprimido, conseqüências negativas podem surgir e certamente afetam o sistema de ar e as ferramentas que se utilizarão desse ar.

Foto:Acidente causado pela má utilização do ar comprimido, a mangueira estava impregnada com areia no momento que o funcionário efetuava limpeza corporal .

SEGURANÇA PARA O USO DO AR COMPRIMIDO
1. Jamais permita que o jato de ar sob pressão incida sobre o seu corpo ou de seu companheiro.
2. Antes de abrir qualquer válvula de ar comprimido, certifique-se que conexões, mangueiras e abraçadeiras estejam seguramente presas e que não haja risco de serem desconectadas durante a execução do trabalho.
3. Sempre que ocorrer vazamentos de ar é sinal que algo está errado.
4. Verifique e corrija, eliminando o vazamento.
5. Atenção: se uma mangueira sob pressão desconectar-se, afaste-se imediatamente do raio de ação das possíveis chicotadas. Se possível corte a alimentação de ar deste ponto ou desligue o compressor.
6. Nunca abra uma válvula ou registro de serviço rapidamente, sempre o faça devagar. Não esqueça que você estará liberando energia.
Foto: Acidente nos olhos provocado pelo ar comprimido

7. Nunca utilize ar comprimido para soprar lascas de madeira, cavacos, limalhas, poeiras, partículas, líquidos do chão, máquinas, peças e equipamentos. Caso esta operação seja necessária, utilize equipamentos de segurança adequados a cada situação. Sempre utilize um regulador de pressão e ensaie pressões de trabalho mais baixas (mantendo o nível de satisfação desejado).
8. Tenha muito cuidado com as pessoas presentes e com as que transitam no local. O ar comprimido pode arremessar todos estes elementos contra partes frágeis de seu corpo ou de seu companheiro, assim como colocar em suspensão poeiras, partículas e líquidos que inalados poderão causar sérios riscos a saúde.
9. Nunca utilize o ar comprimido para limpeza de roupas ou limpar pó, sujeira do cabelo ou ainda qualquer parte do corpo. Partículas microscópicas podem penetrar em sua corrente sanguínea, o que pode ser mais grave se você tiver algum machucado.
10.Utilize o ar comprimido sempre com muito cuidado e o mantenha longe de seus olhos, ouvidos, nariz e boca.
Foto: Acidente no braço provocado pelo ar comprimido

11.Nunca dirija o jato de ar comprimido para si ou para seu companheiro. Lembre-se
que o tímpano é uma membrana sensível e poderá se romper facilmente com a força do ar comprimido.
12.Jamais utilize ar comprimido para respiração sem que esteja tratado com um sistema eficiente de filtros coalescentes, incluindo o filtro de carvão. Em caso de uso de ar comprimido para trabalhos no interior de ambientes confinados, tenha certeza de que o ar seja respirável.
13.Nunca execute serviços em equipamentos pressurizados (compressores, reservatórios, ferramentas pneumáticas), exemplo: remover um bujão para completar o nível de óleo em um compressor, sem ter a certeza que o mesmo esteja totalmente despressurizado, poderá causar acidente grave ou até mesmo morte.

Foto: Acidente no dedo

CUIDADOS COM O AR
■Não dirija o jato de ar comprimido contra outra pessoa nem brinque com ele.
■Não utilize ar comprimido para limpar roupa ou partes do corpo.
■Não use ar comprimido de outras formas indevidas;
■Conecte devidamente os engates da mangueira para evitar vazamentos e que venham a se soltar e chicotear.
■Não dobre a extremidade da mangueira para impedir a saída do ar e nem a amarre com arame.
■Utilize sempre óculos de segurança ao trabalhar com ar comprimido, este EPI, protege de possíveis contatos com partículas volantes.
■Utilize dispositivos apropriados na extremidade da mangueira para controlar a saída do ar.
■Nunca utilize o dedo para controlar esta vazão, pois, o ar sobre pressão poderá passar pelo tecido da pele e causar lesões.

Foto: Limpeza de roupa com ar comprimido

PERIGO BRINCAR COM AR COMPRIMIDO
Você seria capaz de brincar com uma arma, talvez, fazendo roleta russa, com ela carregada apontando para sua cabeça ou para seu colega? Claro que não!
Mas alguns fazem essa brincadeira, geralmente com vítima fatal ou com ferimentos graves. O ar comprimido usado de maneira incorreta é uma arma, também mortal.
Muitos trabalhadores usam com brincadeiras ou usam após o trabalho “limpar” roupas e braços, ferramentas, etc.
O ar comprimido ligado a uma fonte de pressão de 7 kgf/cm2, com uma mangueira de ¼ de polegadas, equivale a uma pistola de 9 mm carregada.
É uma brincadeira perigosa e pode ser mortal

Foto: Brincando com ar comprimido com colega

O PERIGO DE APLICAR O AR COMPRIMIDO SOBRE O CORPO HUMANO
O uso inadequado do ar comprimido no corpo humano pode provocar enfisema subcutâneo, que caracteriza-se pela presença de ar nos tecidos moles.
Devido o perigo que representa, o ar comprimido não deve ser aplicado sobre o corpo, usado para a limpeza de roupa de trabalho, braços, ou para tirar pó ou sujeira do cabelo, afinal um jato de ar comprimido pode:
■Romper um Tímpano,
■Causar hemorragia interna ao penetrar pelos poros da pele,
■Descolar a retina dos olhos,
■Causar infecções na pele,
■Inflamações nos tecidos conjuntivos por causa das impurezas presentes no ar comprimido.

EMBOLIA SUBCUTÂNEA
Pode ocorrer ao penetrar ar sob o tecido subcutâneo.

EMBOLIA GASOSA
A lesão poderá ser fatal se o ar atingir um vaso sanguíneo e pode provocar bolhas de ar que interrompe a circulação do sangue.

PROJÉTEIS
Pode-se empurrar ou arremessar partículas de metal ou outros materiais, a velocidades tão altas, que os convertem em mini projéteis perigosos para o corpo e principalmente para o rosto e olhos. Fonte: Bosch, Instalações Industriais (Archibald Joseph Macintyre)
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Trabalhar em Segurança em Atmosfera Explosivas

Ar Comprimido

Analise de Segurança do Trabalho